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A história da Aquarela


A aquarela é uma técnica muito antiga cujo aparecimento se supõe esteja relacionado com a invenção do papel e dos pincéis de pelo de coelho, ambos surgidos na China há mais de 2000 anos.

No ocidente, há vários exemplos do emprego desta técnica desde a Idade Média, como Tadeo Gaddi, discípulo de Giotto. Ele viveu até 1366, e teria produzido uma série de desenhos aquarelados, feitos sobre papel tipo pergaminho. O método foi utilizado por artistas flamengos, e amplamente empregado em Florença e Veneza. Foi com Albert Dürer que a aquarela pode resistir ao tempo, já que ele deixou pelo menos 120 obras suas.

Em 1550, um artista de nome John White participou da expedição de Sir Walter Raleigh, registrando a vida, o ambiente e os costumes do Novo Mundo, sendo considerado por alguns como o pai da aquarela. Mas foi somente no século XVIII que a técnica passou a ser considerada como um método autônomo e independente, difundida em toda a Europa e reconhecida como a “Arte Inglesa”. Neste momento surgem nomes como Alexander Cozens, o poeta pintor William Blake, John S. Cotman, Peter de Wint e John Constable, mas foi sem duvida William Turner quem melhor soube explorar suas possibilidades; e muitos desconhecem que Turner produziu 19.000 aquarelas, o que lhe garante o título de maior aquarelista de todos os tempos. Já foi mencionado que Turner teria influenciado os pintores impressionistas, mas há quem ouse afirmar que a aquarela exerceu tamanha influência sobre Turner, a ponto de este experimentar na pintura a óleo as mesmas possibilidades cromáticas, através da aplicação de camadas bastante delgadas e sobrepostas, com muita luminosidade.

A aquarela há muito tempo se tornara um hábito nas cortes europeias, o que lhe dava certo “ar” de futilidade, de feminilidade espontânea e, embora surgissem novos pintores aquarelistas, esta técnica começa a ser vista com preconceito. Com o passar dos anos, surge uma grande contradição em torno deste método, notadamente no Brasil, onde a aquarela é vista como um método escolar. Apreciada por alguns, desprezadas por outros e incompreendida por muitos, o certo é que a aquarela deve ser defendida pelas suas qualidades intrínsecas, como uma técnica em si mesma.

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